sábado, 11 de outubro de 2008

O PADRÃO É SER IGUAL?

Qual será o limite para a falta de personalidade dos jovens brasileiros? Com o passar do tempo e os avanços dos meios de comunicação, a distância é cada vez mais curta entre dois países. E então dentro de uma mesma nação?

A globalização, um dos maiores assuntos em discussão da atualidade, tem trazido à tona a fragilidade da juventude brasileira em vários aspectos, dentre eles a padronização descontrolada deles.

Nesta última década, a Internet têm sido uma grande arma para empresas, empreendedores, estudantes e muito mais. Porém, como tudo que traz benefícios sem medida, a Internet também traz consigo alguns malefícios, principalmente contra a identidade dos jovens.

Ligado a toda essa globalização do mundo moderno e ao início do século XXI, estão os sites de relacionamento. Com esses, é possível identificar características, desejos, gostos, aspirações e sonhos de uma pessoa. Sem restrições até o momento. Mas esse “boom” desses sites demonstram, em muitos casos, a falta de personalidade dos usuários.

Seus perfis, assim denominados, em 90% dos casos são copiados desenfreadamente de outro usuário, que provavelmente também copiou de alguém ou de algum lugar. Sem dúvida, a culpa dessa perda de identidade não é desses sites. Eles simplesmente nos mostram a que nível chegamos.

Toda essa falta de iniciativa para criar, essa ousadia para produzir, me lembra uma sociedade bastante conhecida nossa. Há 508 anos atrás, portugueses chegavam destruindo, assolando a população, conhecida de todos nós, os velhos e extintos índios. Mas qual seria a relação entre a nossa sociedade, avançada tecnologicamente e 500 anos a frente, com aquela que andava nua e lutava com e contra animais? Havia um líder, o glorioso Pagé, e à sua volta, nada mais do que uma tribo de índios pintados da mesma forma, com a mesma feição e o mesmo estilo. Conseguiu captar alguma semelhança?

Ao fim, te convido a libertar a sua mente, os seus conceitos e chegar comigo a seguinte conclusão: pelo menos nossos antepassados cara-pálida, enalteciam elementos que em suas concepções, eram deuses.

Hoje em dia, enaltecem “bandinhas”, novelas, músicas, pessoas. Veja bem, isso não é nenhuma apologia à idolatria indígena, mas uma reflexão à nossa juventude. E ainda me permito fazer três perguntas: Será mesmo que não regressamos de 5 séculos pra cá? Quem você tem exaltado? E quem que você busca ser semelhante?

9 comentários:

Thααís Veloso disse...

Concordo plenamento com tudo que foi dito. =D
As pessoas estão se deixando levar por sons populares, "atitudes diferentes", frases legais, mas se importando, na verdade, somente com o que querem mostrar pra sociedade o que são, de maneira generalizada, ou seja, copiando, talvez até, para se sentirem incluídas em algum grupo, esquecendo que nada mais interessante que sua própria identidade, sem querer se espelhar em artistas, cantores, letrinhs de música, triibos, etc...
Mas com certeza um dia endagarão de que valeu o "Ctrl+v". E de que seriam muito mais, se destacariam muito mais se usassem sua própria criatividade, e assim todos compartilharem, opniões, sugestões, seria muito diferente tudo isso, com certeza toda essa propaganda de que "quem bebe Guaraná Antártica vive mais intensamente"... as pessoas estão deixando serem rotuladas ... o que é muiito triste =(

mas ae... parabéns pelo texto ;)
adoreii =DD

Unknown disse...

gostei do texto, bem criativo! Mas, o padrão é algo imposto pela sociedade só sai dele quem tem personalidade e isso cabe a todos :D Beijooooos!

Unknown disse...

Gostei do texto, cheio de criatividade. Vou falar o que eu já falei muitas vezes .. você escreve muito bem =)

Unknown disse...

Hoje em dia,td que é popular é legal para os jovens..
Tudo que expressa "atitude" chama a atenção..
Talvez os jovens estão perdendo a sensibilidade de saber o que é realmente bom ou o que está na "moda"..
A mídia sempre vem em cima.Na minha opnião, o que mais influência são meios de comunicação(internet,televisão e etc..)
Talvez vc se vestir igual,ouvir as músicas que estão na moda,falar as mesmas gírias seja apenas uma forma de você naum se sentir diferente,pq o diferente sempre é excluído..Mas tbm tem o outro lado de q a pessoa inconscientemente acaba sendo influenciada e naum liga se isso acontece,pra mim isso é falta de uma análise crítica da situação,falta de questionamento..como " pq estou fazendo isso?"..."pq td é tão igual?"..
Mas hj em dia até o "ser diferente" é estar dentro do padrão..dependendo do caso ...
Como exemplo temos a política ..pq falamos tão mal ? será q naum tem alguma coisa boa ? ter até tem ! Mas o q mais chama atenção,é o q "agride"..ex : "Os políticos são tds ladrões" por acaso conhecemos tds? Não! então naum podemos dizer isso! mas tbm o sistema político nos faz pensar assim...ou seja uma moeda sempre tem dois lados ! beijos!

Renan Casemiro Machinez disse...

Que isso hein jornalistaa ! rs
mandou bem no texto cara...
essa parada aee, vai à luta que vc leva jeito pra coisa ;]
__________________________

eu estava com dúvida se eu comentava no seu texto ou no da Lorrayne ! rs

Anônimo disse...

caraca mané!
vários textos nos comentários!
fiquei até acanhada pra deixar meu comentário! =s

texto booom!
achei q ia falar mal do orkut... mas nem foi...

mandou bem, jornalista! (:

bjooo

Unknown disse...

Cazuza estará no céu ?
se estiver , vou pedir aa ele um comentario (:

Unknown disse...

Gostei muito do texto.
E tudo que disse é verdade. A criatividade das pessoas tem dado lugar ao ' Ctrl+c ' ' Ctrl+v '

Jovens, MOSTREM SUA CAPACIDADE !
rs :)

beijoos ;*

Renato Kress ®Ҝ disse...

Gostei do teu texto, mas como antropólogo tenho que dar uns pitacos (inevitáveis): A noção de ecologia (oikos "casa" + logos "razão", "conhecimento") do nossos índios está ligada intrinsecamente à uma concepção mítica de eterno retorno, baseada numa noção cíclica de tempo. Tradução: mesmo que para nós os "indiozinhos", Kamayurás, Bororos, Guaranis, Yanomamis etc sejam todos muito parecidos, na realidade eles não só têm suas diferenças internas palpáveis como, por princípio, operam na natureza através do princípio da "troca equivalente", de forma que preocupam-se em restabelecer ao universo ao seu redor, o que dele foi retirado ou utilizado.

O que estou dizendo é: a padronização da juventude consumista dentro da sociedade "globalizada" (poque as grandes empresas só globalizam as perdas e as vendas, nunca os lucros) neoliberal é muito mais intensa e perversa. Principalmente no que diz respeito à "fagocitose" de toda e qualquer crítica ao próprio sistema capitalista que, invariavelmente é transformada em mercadoria, relegada a um nicho de mercado e cooptada pela mídia internacional de forma a eliminar qualquer grau de reflexão independente que pudesse haver na proposta original.

É nessas e outras que você compra a camisa do Che, o chaveiro do Che, a caneta do Che... mas não acha um livro decente com anotações do cara. Porque a massificação e superficialização dqa crítica é interessante para o "todo poderoso" Mercado. Afinal, vende! Chega a ser triste!